Ágora nº11 - Flipbook - Page 39
INÊS ANSELMO
NOTES FROM
A WORRIED
MILLENNIAL
Uma vez que não me cabe somente criticar
sem informar primeiro, que vantagens teria
este projeto, na perspetiva de quem o apoia?
A criação de postos de emprego e a
atribuição de um estatuto de independência
relativamente a outros países e outras
grandes potências mundiais associadas à
indústria petrolífera, nomeadamente o irão e
a arábia saudita. Mas isto leva novamente às
consequências negativas que este projeto
pode acartar: Além do agravamento dos
buracos na camada de Ozono, onde se
verificavam
atualmente
melhorias;
da
destruição do habitat de espécies nativas; da
alteração dos padrões de migração de
animais e do desenvolvimento de uma
atmosfera que poderá pôr em causa a saúde
pública dos habitantes da região, há também
determinantes políticas na aprovação deste
projeto. Ainda este ano, 2023, foi assinado um
acordo entre o Irão e a arábia saudita na
china, onde surgiram rumores da junção
destes 2 países influentes na área petrolífera e
a sua entrada na BRICS, uma organização de
países de mercado emergente em relação ao
seu
desenvolvimento
que
engloba
atualmente o Brasil, Rússia, Índia e China.
Com a adição dos 2 países referidos antes, não
só se criaria uma enorme aliança com uma
influência económica gigante, como um
possível conflito entre os mesmos e os EUA.
E por isso não passamos de meros comuns
mortais situados na base da cadeia alimentar
humana, onde corruptos com interesses
políticos e económicos se assemelham a uma
abelha rainha, onde o povo não tem voz e é
um mero fantoche, onde os ventríloquos
querem fazer parecer que a mudança não é
possível, nem mesmo em pequena escala.
JUNHO | ÁGORA
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