Ágora nº11 - Flipbook - Page 27
ANTÓNIO GAMEIRO
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MOMENTO
ENTREVISTA
Que características teve este edifício que
possuir para ganhar o certificado Leadership
in Energy and Environmental Design (LEED)?
A nível das instalações especiais tivemos variadíssimos requisitos. Ao nível de
iluminação foi necessário cumprir os níveis de iluminação e potências por
metro quadrado regulamentados. Para além disso, foi tida muita atenção na
escolha de equipamentos de ar condicionado e chillers com elevada
eficiência. Outros equipamentos que foram selecionados com particular
cuidado foram os elevadores, foi tida em consideração não só a classe
energética dos motores mas também a sua capacidade regenerativa de
energia. Um aspeto muito simples mas que considero que merece a devida
impressão é a questão da água. Desde o caudal que é dispensado pelas
torneiras, ao que está disponível em cada descarga de urinóis e sanitas, há
um conjunto de equipamentos que foram levados em consideração para
minimizar o desperdício.
Os requisitos para a certificação não passam apenas pelas instalações sociais,
passam também muito pela escolha dos produtos na área de arquitetura.
Outro aspecto de que não tinha conhecimento mas que passei a descobrir
com o LEED foi a declaração ambiental do produto. O produto não é apenas
aquele que chega à obra e a maneira como é montado, é também todo o seu
ciclo de “nascimento” até chegar à obra, a sua pegada.
Os edifícios LEED são um desafio mas após realizar algumas obras deste
género já não nos metem medo nem nos preocupam.
Este foi sem dúvida o projeto mais desafiante e interessante de trabalhar e
transformou a empresa e a sua capacidade, foi um marco. É o mais
impactante, mas permitiu-nos aceitar outros projetos do mesmo género com
confiança e ainda nem acabou!
JUNHO | ÁGORA
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