Ágora nº11 - Flipbook - Page 22
MOMENTO
ENTREVISTA
ANTÓNIO GAMEIRO
HCI
CONSTRUÇÕES
INSTALAÇÕES ESPECIAIS
A sustentabilidade é transversal a várias áreas, não estando a construção e o setor
energético excluídos. Para saber um pouco mais sobre a sustentabilidade
energética em edifícios, falámos com António Gameiro, o responsável de
instalações especiais da empresa HCI Construções.
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Que funções desempenha enquanto responsável de instalações
especiais na HCI? Que áreas engloba?
Começando pelas áreas que engloba, a componente de instalações especiais,
dentro da construção civil, engloba as áreas da eletrotecnia, eletricidade, ar
condicionado (dentro da área de AVAC), telecomunicações, instalações hidráulicas
e, ainda, a parte das energias renováveis. Esta última parte tem ganho cada vez
mais importância nos últimos anos e é aquilo que se tem acrescentado de novo
aos edifícios, felizmente.
Falando mais em concreto sobre a área de instalações especiais, dentro da
construção civil, esta tem uma preponderância muito grande, ocupando já cerca
de 40% da faturação da empresa.
Ser responsável de instalações especiais significa ter capacidade crítica para
perceber nos o que chega, saber escolher os players, perceber o que pretendemos
fazer em termos de objetivos durante a obra porque depois também vamos ter de
conviver com esta. Basicamente, fazemos a gestão de toda a subempreitada,
desde o início e, não só até ao fim, até à vivência da mesma. Isto inclui a parte
comercial a montante, durante, na produção e a jusante, no pós-venda. É
transversal, não só ao fazer mas também ao comprar, verificar, fiscalizar (no
sentido técnico), finalizar, ensaiar, comissionar e entregar ao cliente.
Estes sistemas têm-se tornado cada vez mais complexos e as instalações especiais
têm vindo a crescer, aumentando exponencialmente. Nos anos 90 esta
componente, no mercado dos edifícios, ocuparia em média cerca de 20% a 22%.
Hoje em dia chega aos 40%, o que traduz muito bem o nível de complexidade que
é exigido neste campo.
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